Jardineiro é preso por abusar de menina de oito anos e mantê-la em cárcere em condições insalubres

Um jardineiro foi preso, no início da tarde desta quarta-feira (11), acusado de estuprar uma menina de oito anos de idade. Além disso, segundo a Polícia Civil, o homem usava a criança para pedir esmolas e trocar dinheiro por drogas nas ruas de Campo Grande.
O caso começou a ser desvendado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) a partir de uma denúncia anônima. Os policiais foram até a casa do homem, um barraco localizado na Avenida Conde de Boa Vista, no Bairro São Conrado, na saída para Sidrolândia.
Os agentes encontraram o homem de 46 anos dormindo com a menina em um colchão no chão de um banheiro insalubre. Não havia vaso sanitário, somente uma fossa e um fogão velho. A perícia verificou que a menina vivia em meio a animais e muito lixo – o mal cheiro no local era forte. Além disso, o banheiro onde ela ficava era afastado das residências vizinhas, para que ninguém escutasse caso a criança quisesse pedir socorro.
Inicialmente, ao atender a porta, ele alegou que estava dormindo com a esposa. No entanto, os policiais encontraram a menina. Ao ser flagrado, o jardineiro disse que a menina era sua filha. Ele negou que a mantivesse como esposa e a estuprasse.
No entanto, a criança negou a versão do homem. A menina contou que a mãe a abandonou com o jardineiro. Além de estuprá-la, ele a obrigava a masturbá-lo enquanto via material pornográfico, segundo o delegado titular da DEPCA, Paulo Sérgio Lauretto.
O delegado ressaltou que não é a primeira vez que menina é vítima de violência. Há dois anos, quando estava com seis anos, ela foi agredida pela madrasta, quando morava com o pai.
Policiais voltaram ao barraco, para buscar os supostos produtos pornográficos. A menina foi encaminhada ao Conselho Tutelar e deverá ser entregue a um abrigo. A mãe não foi localizada.
O jardineiro vai responder pelo crime de estupro de vulnerável e por maus-tratos, por conta do local onde vivia com a criança. A vítima foi encaminhada para o Imol (Instituto Médico e de Odontologia Legal) para realização de exames.