Professores de MS param atividades e vão à Assembleia protestar contra projeto

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Professores da rede estadual de ensino param as atividades nesta quinta-feira (14) e vão à Assembleia Legislativa protestar contra o projeto do executivo que altera o processo de eleição nas instituições de ensino. Com isso, os alunos ficam também sem aula durante o dia.

De acordo com o presidente da Fetems (Federação da Educação em Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, são esperados três mil professores na Assembleia.

O projeto apresentado pelo executivo, que ainda está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), prevê que somente professores possam concorrer a direção das escolas, enquanto no molde atual, profissionais do administrativo também participam do pleito. “Não tem nada que  nos convença que o administrativo não é capaz de ser diretor”, reclama o dirigente.

Após a manifestação junto aos deputados, os professores vão se reunir em assembleia, ainda na Casa de Leis, para deliberar indicativo de greve, caso o governo do Estado não cumpra reajuste que foi pactuado em 12 de fevereiro – o executivo precisa repassar 10,98% ainda.

O prazo para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) divulgar como será pago o reajuste termina na sexta-feira (15). “O prazo expira amanhã, e caso não for pago, podemos entrar em greve na próxima quinta-feira (21)”. Às 10 horas, a comissão formada no início do ano pelo governo e Fetems se reunirá para discutir a demanda.

Ontem, o relator do projeto na CCJ, deputado Amarildo Cruz (PT), deu parecer favorável a tramitação do projeto, desde que sejam incluídas as cinco emendas apresentadas pelo deputado Pedro Kemp (PT), mas o presidente da comissão, deputado Barbosinha (PSB), pediu vistas e deve entregar seu parecer na semana que vem.

As cinco emendas incluem auxiliar administrativo no processo de eleição, desde que tenha licenciatura; que alunos a partir dos 12 anos possam votar (segundo a proposta somente a partir dos 14 anos); eleição de diretor-adjunto aconteça em chapa (no projeto é individual); eleição em escola indígena, de tempo integral e em escolas para alunos especiais (o projeto excluí essas instituições) e que a eleição de diretores e colegiados aconteçam no mesmo dia (pela proposta, a eleição acontece em dias diferentes).

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