Agosto já rendeu R$ 53 milhões ao município, mas salários são incertos
Neste mês, os proventos referentes a julho só foram integralmente pagos pela prefeitura após ameaça de greve geral do funcionalismo público
A poucos dias do fim, agosto já rendeu R$ 53,6 milhões aos cofres públicos do município de Dourados. Contudo, mais uma vez o pagamento dos salários do funcionalismo é incerto. Na folha de junho, os proventos foram escalonados, com atraso para quem ganhava mais de R$ 5,7 mil. E na de julho, houve parcelamento, com a última parcela paga somente após ameaça de greve geral.
Na manhã desta terça-feira (27), o secretário municipal de Fazenda, Paulo Cesar Nogueira Junior, informou que somente nos próximos dias será possível saber se os vencimentos deste mês serão pagos em dia. “Ainda não temos essa definição. Até o final da semana certamente a gente consegue concluir isso. Qualquer coisa é precipitada”, disse.
De acordo com o Portal da Transparência do município, as receitas obtidas em agosto já somam R$ 53.607.158,94. Desde que 2019 começou, o montante totaliza R$ 560.754.546,81, frente aos R$ 867.209.733,00 orçados para todo o ano.
Da arrecadação total obtida até agora, R$ 79.182.514,39 foram em janeiro, R$ 121.290.515,63 em fevereiro, R$ 56.858.841,46 em março, R$ 65.667.880,07 em abril, R$ 63.176.779,09 em maio, R$ 54.326.617,57 em junho, e R$ 66.644.239,66 em julho.
Ao final de maio, no dia 31, a Prefeitura de Dourados anunciou em sua página no Facebook que os salários já estavam na conta. “É adiantado que fala? Atenção servidores do município, salário já está na conta!”, comunicou a administração municipal.
No mês seguinte a situação mudou e os salários de junho sofreram escalonamento, quando somente servidores com vencimentos brutos até R$ 5.789,00 receberam até o quinto dia útil, enquanto outros 539 trabalhadores com proventos acima desse valor ficaram para a semana seguinte.
O problema persistiu e neste mês apenas 44% dos proventos foram pagos no quinto dia útil. A outra parcela, equivalente a 56% dos salários, ficou para depois e só foi quitada quando educadores deflagraram operação tartaruga na rede municipal de ensino e outros servidores municipais deliberaram por greve geral caso o dinheiro não fosse depositado.
