Na volta às aulas, educação infantil será responsabilidade dos pais em Dourados
Resolução sugere orientação concreta das escolas, como modelos de leitura em voz alta em vídeo ou áudio, para pais ou responsáveis que não têm fluência na leitura

A Resolução nº 51 de 22 de maio de 2020, que dispõe sobre a regulamentação das Atividades Pedagógicas Não Presenciais na rede municipal de ensino de Dourados, prevê que as aulas relacionadas à educação infantil fiquem sob responsabilidade dos pais, nos próprios lares. A prefeita Délia Razuk (PTB) suspendeu as aulas em 18 de março por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
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A publicação define que compete aos profissionais da Educação Infantil organizar as Vivências e Experiências Não Presenciais da Educação Infantil para realizar a avaliação (diagnóstica, formativa e apreciação final), com base nas fases do desenvolvimento infantil.
“Quando não ocorrer a devolutiva por parte da família, aplica-se o inciso IV, Artigo 31, da LDB e a Direção/Coordenação deverá entrar em contato com as famílias para solicitar informações dos motivos da ausência”, indica.
Quanto ao atendimento para as crianças de zero a três anos, a organização será definida pela Coordenação Geral do Núcleo de Educação Infantil.
“Os Centros De Educação Infantil devem desenvolver materiais de orientações aos pais ou responsáveis com atividades educativas de caráter eminentemente lúdico, recreativo, criativo e interativo, para realizarem com as crianças em casa, enquanto durar o período de emergência, garantindo, assim, atendimento essencial às crianças pequenas e evitando retrocessos cognitivos, corporais (ou físicos) e socioemocionais”, pontua a resolução.
Ela acrescenta que para realização destas atividades, embora informais, mas também de cunho educativo, pelas famílias, “sugere-se que as instituições de educação infantil possam elaborar orientações/sugestões aos pais ou responsáveis sobre atividades sistemáticas que possam ser realizadas com seus filhos em seus lares, durante o período de isolamento social”.
Já para crianças das creches com idades de 0 a 3 anos, as orientações para os pais devem indicar atividades de estímulo às crianças, leitura de textos pelos pais, brincadeiras, jogos, músicas de criança.
“Como muitos pais e/ou responsáveis não têm fluência na leitura, sugere-se que as escolas ofereçam aos pais ou cuidadores algum tipo de orientação concreta, como modelos de leitura em voz alta em vídeo ou áudio, para engajar as crianças pequenas nas atividades e garantir a qualidade da leitura”, elenca.
“Para crianças da pré-escola (4 e 5 anos), as orientações devem indicar, da mesma forma, atividades de estímulo às crianças, leitura de textos pelos pais ou responsáveis, desenho, brincadeiras, jogos, músicas de criança e até algumas atividades em meios digitais quando for possível. A ênfase deve ser em proporcionar brincadeiras, conversas, jogos, desenhos, entre outras para os pais ou responsáveis desenvolverem com as crianças. As escolas e redes podem também orientar as famílias a estimular e criar condições para que as crianças sejam envolvidas nas atividades rotineiras, transformando os momentos cotidianos em espaços de interação e aprendizagem”, situação que podem fortalecer o vínculo.