Prefeita diz avaliar impor nova redução de horário de funcionamento do comércio
Dourados hoje concentra o maior número de casos confirmados do novo coronavírus, 1.630, e de mortes causadas pela doença em Mato Grosso do Sul, nove
A Prefeitura de Dourados informou nesta sexta-feira (19) que a prefeita Délia Razuk (PTB) avalia impor novamente restrições no horário de funcionamento do comércio local por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O município concentra o maior número de casos confirmados, 1.630, e de mortes causadas pela doença em Mato Grosso do Sul, nove.
Em matéria institucional, a administração municipal detalhou que a mandatária recebeu nesta manhã “documento contendo sugestões de entidades representativas de vários segmentos do comércio para o funcionamento das atividades por um período de 15 dias, como forma de amenizar os impactos da pandemia de coronavírus em Dourados”.
“Entre as sugestões das entidades destaca-se a diminuição do horário de funcionamento do comércio, com horários diferenciados de segunda a sexta e fins de semana, shopping, supermercados, bares, lanchonetes e restaurantes; sugerem ainda sanções aos que desrespeitam os limites de atendimento”, detalha a publicação.
Em 20 de março, quando Dourados não tinha sequer casos suspeitos do novo coronavírus, a prefeita decretou situação de emergência e determinou, por meio do Decreto nº 2.478 de 20 de março de 2020, que o comércio só mantivesse expediente entre às 10h e às 18h de segunda-feira a sábado; exceto mercados e supermercados, hipermercados, farmácias e postos de combustíveis. (relembre)
Posteriormente, através do Decreto nº 2.511 de 06 de abril de 2020, a gestora autorizou para o dia seguinte “o atendimento presencial ao público em estabelecimentos comerciais formais e informais do Município, inclusive as agências bancárias e similares, iniciando assim a política de flexibilização”, porém com contingenciamento e sem aglomeração. (confira)
À época, Dourados tinha 16 casos confirmados da doença, com 11 pacientes recuperados e um óbito. Hoje, porém, amarga o posto de município sul-mato-grossense com mais habitantes diagnosticados com a doença e mortes decorrentes dela.
Diante dos crescentes casos confirmados, óbitos e agravamentos de quadros clínicos, bem como recomendações expedidas pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) para adoção de medidas que contenham o avanço do vírus, o empresariado levou à prefeitura “sugestões com o intuito principal de não prejudicar o comércio com o possível fechamento total (lockdown)”.
Quanto à necessidade de “reduzir seus horários de funcionamento por um determinado período para o bem maior de todos os setores e empregos, bem como alteração dos horários de funcionamento de cada setor, evitando assim aglomerações no sistema de transporte da cidade, apontado por especialistas como um dos maiores riscos de contágio”, o empresariado local foi unânime, conforme o relato feito no site institucional da prefeitura.
O documento que agora será submetido pela prefeita ao Comitê de Gerenciamento de Crise instituído no município é assinado por representantes da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados), CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), Sindicom (Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Dourados), Secod (Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados), Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Acomac (Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção), Amas (Associação de Mercados e Atacadistas de Dourados), Secon (Sindicato dos Contabilistas de Dourados) e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).