Prefeito de Itaporã negocia com indígenas o fim do bloqueio na MS-156

Diante da recusa da prefeita de Dourados Délia Razuk em receber os estudantes universitários indígenas que pelo terceiro dia consecutivo bloqueiam a MS-156, o prefeito de Itaporã, Marcos Pacco, se reúne na tarde desta quinta-feira (03) com os manifestantes para negociar o fim do bloqueio.

Com pouco mais de 23 mil habitantes, Itaporã é quem mais sai prejudicado com o fechamento da rodovia. Muitos moradores da cidade trabalham ou estudam em Dourados. Comerciantes e moradores também dependem do segundo maior município do Estado para uma série de serviços.

A reportagem da 94FM falou com a assessoria que acompanhou o prefeito. A informação é a de que Marcos Pacco tenta, de forma amigável, solucionar o problema da falta de ônibus que deixou de atender os acadêmicos indígenas há pouco mais de um mês. O transporte era oferecido pela Prefeitura de Dourados e a administração municipal já avisou que não é obrigada a transportar estudantes universitários.

“O prefeito argumentou que mais de 90% dos moradores de Itaporã dependem de Dourados, seja para trabalhar, estudar, enfim, para buscar uma série de serviços”, disse a assessoria do prefeito.

Informou ainda que o Pacco entrou em contato com um deputado federal, que garantiu destinar recurso para a compra de um ônibus aos universitários, mas o recurso é do orçamento de 2020.

“Os indígenas querem algo de imediato. Assim como não foram recebidos pela prefeita, nós também tentamos contato por telefone com Délia Razuk, mas nada. Agora tentamos apelar para o secretário de educação [Upiran Gonçalves]”, disse a assessoria de Marcos Pacco.

O bloqueio na MS-156 entrou hoje no terceiro dia consecutivo e a informação é que seguirá por tempo indeterminado. Condutores que desejam seguir para cidades como Sidrolândia ou Jardim têm como alternativa a MS-162 até sair na MS-164, passando por Vista Alegre, até chegar a Maracaju.