Sanesul informa que restam 618 metros de cimento amianto a serem substituídos
Pelo menos desde 2014 já houve a troca de mais de 50 mil metros na cidade, conforme acompanhamento feito pelo MPE-MS

A Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) informou que Dourados ainda tem 618 metros de tubulação de água feita de cimento amianto a serem substituídos por PVC. Pelo menos desde 2014 já houve a troca de mais de 50 mil metros na cidade, conforme acompanhamento feito pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual).
Os dados mais atualizados constam em ofício do dia 31 de julho elaborado pela Gerência de Sistemas de Abastecimento de Água. O documento foi enviado à 10ª Promotoria de Justiça de Dourados pelo gerente regional da Sanesul, Paulo Nepomuceno, e anexado nesta segunda-feira (5) ao Inquérito Civil Público número 06.2018.00000240-2.
Aberta como procedimento preparatório em julho de 2014 pelo MPE, essa investigação tem trocas de correspondências nas quais a empresa de saneamento revelou que mais de 50 mil metros de canos de amianto existentes desde a década de 1970 no município foram trocados por PVC.
A previsão inicial indicava 99% de substituição até 2015, mas a empresa argumentou que houve atraso no cronograma porque esse trabalho começou a ser executado com R$ 2.604.029,65 enviados pelo governo federal através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e posteriormente o serviço passou a ser feito com recursos próprios da Sanesul.
Nessa mais recente resposta, de 31 de julho, a Sanesul esclareceu ter concluído obras de 195 metros de substituição de rede cimento amianto em Dourados no mês anterior.
Detalhou que no trecho da Rua João Vicente Ferreira entre a Avenida Hayel Bon Faker e a Hilda Bergo Duarte, dos 251 metros a executar, 150 já foram concluídos, o que deixa 51 remanescentes. E na Monte Alegre entre Antônio de Carvalho e Camilo Hermelindo da Silva, dos 245 metros, somente 45 foram executados, saldo de 100 metros.
A empresa de saneamento pontuou ainda que restam 618 metros de cimento amianto a serem substituídos e 366 de melhorias operacionais a executar.
As substituições devem abranger 243 metros na Rua Albino Torraca entre a Ciro Melo e a Major Capilé, 100 metros na Monte Alegre entre a Antônio de Carvalho e a Camilo Hermelindo da Silva, 51 metros na João Vicente Ferreira entre a Hayel Bon Faker e a Hilda Bergo Duarte, e 224 metros na Camilo Hermelindo da Silva entre Monte Alegre e Ciro Melo.
No decorrer desse acompanhamento feito pelo MPE, a Sanesul alegou que a substituição ocorreria de forma lenta "por se tratar de área com extremo fluxo de veículos" e salientou “que a Organização Mundial de Saúde já concluiu que o Cimento Amianto utilizado é insalubre somente em seu estado bruto quando inalado por aqueles que realizam sua extração, e a OMS já concluiu que o cimento amianto utilizado em tubulações não causa qualquer malefício à saúde da população".