Sorteados do Residencial Ildefonso Pedroso protestam por demora na entrega das chaves
Grupo de contemplados com apartamentos pediu apoio na Câmara Municipal e apelo popular ganhou eco na voz do vereador Marçal Filho
O sonho da casa própria que parecia realizado para 512 famílias sorteadas em 2016 para apartamentos no Residencial Ildefonso Pedroso, em Dourados, ainda não tornou-se realidade. A demora na entrega das chaves, que é prometida pela prefeitura pelo menos desde setembro do ano passado, motivou um protesto na sessão desta segunda-feira (19) na Câmara de Vereadores.
Mesmo com a eleição de síndica, subsíndico e conselho fiscal, além da aprovação da Convenção de Condomínio e do Regimento Interno, o conjunto habitacional cujas obras já foram concluídas segue como uma miragem para aqueles que conquistaram por meio de sorteio o direito de ali morar. "Precisamos de nossa casa", protestou o grupo que foi hoje ao Legislativo em busca de apoio.
"O maior dilema que um pai ou mãe de família podem vivenciar é a falta de ter um teto, de ter um lar. E a coisa fica pior quando você é sorteado, está na lista dos contemplados, você vê seu apartamento pronto, mas não deixam você adentrar para tomar posse. E enquanto isso você está pagando aluguel e não recebe as chaves do seu apartamento", afirmou Marçal.
O vereador lembrou que a previsão de entrega das chaves era para o início deste ano, mas até agora, nada aconteceu. "A promessa do período de entrega desses apartamentos já passou. Muita gente que ganhou o direito do apartamento segue morando em imóvel alugado e o contrato de aluguel venceu agora e tiveram que renovar. Algo precisa ser explicado. Qual é o problema?
Marçal Filho citou ainda que houve solicitação para essas famílias contempladas abrirem conta bancária e depositarem R$ 70,00. "E essas 512 famílias cumpriram com o que foi exigido. Será que essa demora na entrega dos apartamentos tem a ver com ano eleitoral? Será que são essas as coincidências?", questionou.
"Eu não quero acreditar que seja isso, porque isso causa prejuízo para essas 512 famílias que estão vendo seus apartamentos prontos, com perigo de invasão, de depredação, de atos de vandalismo. É algo como se fosse imaginário, como se fosse uma miragem", pontuou o parlamentar.
