UFGD faz 14 anos com reitora temporária, eleito impedido e corte de orçamento

Universidade Federal da Grande Dourados tem mais de 8 mil alunos em cursos de graduação e pós-graduação

Reitoria da UFGD é ocupada de forma temporária por nomeada pelo ministro da Educação (Foto: Divulgação)
Reitoria da UFGD é ocupada de forma temporária por nomeada pelo ministro da Educação (Foto: Divulgação)

Criada por meio da Lei 11.153, publicada no dia 29 de julho de 2005, a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) completa 14 anos nesta segunda-feira (29). Atualmente, porém, vive um momento de turbulência com o impedimento da posse do reitor eleito, Etienne Biasoto, a nomeação da reitora temporária Mirlene Ferreira Macedo Damazio, e o corte orçamentário de R$ 12 milhões do Ministério da Educação. 

Apesar desse contexto, a instituição divulgou texto em que celebra os avanços obtidos ao longo dos anos e que lhe possibilitam ofertar 32 cursos de graduação presencial, cinco a distância e dois de alternância, que atendem quase 8 mil alunos.

“Na pós-graduação, a Universidade soma 47 cursos ofertados distribuídos entre especializações, residências, mestrados e doutorados, atendendo cerca de 1500 pessoas. E no seu quadro de servidores estão mais de 1500 professores e técnicos administrativos capacitados para atender a comunidade”, destaca em matéria divulgado no site institucional.

Ainda segundo essa publicação, “a UFGD coleciona conquistas de indicadores positivos no Ministério da Educação e prossegue com a missão de gerar e socializar conhecimentos, saberes e valores por meio do ensino, pesquisa e extensão de excelência, tendo como norte a transparência, a ética, o compromisso e a responsabilidade social, promovendo o debate democrático e a igualdade de oportunidades para todos”.

Nascida “com a missão de promover o conhecimento atendendo aos anseios da região por desenvolvimento sustentável, responsabilidade cidadã e social, estudos de preservação dos recursos naturais e aplicação do conhecimento científico e tecnológico para a exploração do potencial econômico, especialmente, da região Sul de Mato Grosso do Sul e da fronteira”, a UFGD tem enfrentado turbulências em 2019.

Em maio, divulgou nota para anunciar corte de gastos em função do bloqueio de R$ 12,4 milhões de seu orçamento, aplicado pelo MEC (Ministério da Educação). Detalhou que os setores mais afetados referem-se a projetos de ensino, pesquisa e extensão, além de bolsas, auxílios, contratos terceirizados, de manutenção e obras.

Naquele mesmo mês, a 1ª Vara Federal de Dourados acatou o pedido do MPF (Ministério Público Federal) e determinou liminarmente a suspensão da lista tríplice para os cargos de reitor e vice-reitor da instituição, enviada para o Ministério da Educação.

A Procuradoria da República alegou ter constatado "irregularidades no processo de escolha dos nomes para a lista tríplice" e requereu um novo processo eleitoral para escolha dos candidatos, "a fim de se definir os nomes que serão encaminhados ao Ministério da Educação e, subsequentemente, ao presidente da República, para a definição dos cargos".

Esse processo segue sem desfecho e no mês de junho o ministro da Educação, Abraham Weintraub, nomeou Mirlene Ferreira Macedo Damazio na condição de reitora pró-tempore da UFGD. Mesmo sob protestos de parte da comunidade acadêmica, ela assumiu a função e garantiu que trabalharia para garantir a normalidade da instituição, incluindo a possibilidade de reverter o corte orçamentário a partir de diálogo direto com o governo federal.



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