Vereadores rejeitam denúncias contra colegas acusados de tráfico de influência
As denúncias foram lidas em plenário na sessão desta segunda-feira (26) e em todos os casos houve 17 votos contrários a abertura de comissões processantes

A Câmara de Dourados rejeitou por unanimidade os pedidos de abertura de comissões processantes contra três vereadores acusados por suposto tráfico de influência para beneficiar assessores e familiares em projeto habitacional desenvolvido no município. As denúncias foram lidas em plenário na sessão desta segunda-feira (26) e em todos os casos houve 17 votos contrários.
Por questão regimental, apenas o presidente da Casa de Leis, vereador Alan Guedes (DEM), e o parlamentar alvo da denúncia, não puderam votar. As denúncias pesavam contra Aparecido Medeiros da Silva, o Cido Medeiros (DEM), Cirilo Ramão Ruis Cardoso, o Cirilo Ramão (MDB), e Romualdo Rodrigues da Silva, o Romualdo Ramim (PDT).
Conforme já revelado pela 94FM, na quarta-feira (21) foram protocolizadas na Casa de Leis denúncias contra esses parlamentares que citam Inquérito Civil Público instaurado pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) para apurar irregularidades na seleção de beneficiários no Projeto Lote Urbanizado, feito pela Agência Estadual de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul em convênio assinado com a Agência Municipal de Habitação de Dourados.
Contra Cido Medeiros, o denunciante afirma haver indícios de que a prática do crime de tráfico de influência ocorreu porque a coordenadora de um movimento social por moradia teria indicado a pedido do vereador uma assessora do mesmo para ser contemplada, “sem realização das triagens por assistente social da ONG Instituto Nossa Casa de Dourados, que apenas emprestou a documentação constituitiva a Municipalidade para a assinatura do convênio com o Governo do Estado”.
Quanto a Cirilo, a denúncia diz que ele indicou um assessor parlamentar para ser beneficiário do programa, também com a chancela da líder comunitária que preside o movimento social por moradia.
No caso de Ramin, o beneficiário do mesmo programa habitacional, por sua indicação, seria um assessor parlamentar lotado no gabinete de quem também seria primo de terceiro grau, além de outros parentes do mesmo.
Durante a sessão em que houve a leitura das denúncias, os três parlamentares rebateram as acusações, negaram o cometimento de qualquer irregularidade e alertaram para possível responsabilização do denunciante.
***Matéria editada às 09h05 para informar que foram 17 votos contrários, e não 18.