Colheita do milho supera 100 mil hectares e deve atingir pico em agosto no MS

A colheita do milho segunda safra alcançou aproximadamente 102.300,00 hectares em Mato Grosso do Sul até o dia 14 de julho, conforme levantamento feito pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) a partir de contatos com empresas de assistência técnica, produtores, sindicatos e empresas privadas nos principais municípios que cultivam o cereal.

Isso representa 4,4% da área semeada nesse ciclo em território estadual, de 2,325 milhões de hectares. Com 91,6% das lavouras em boas condições, 7,1% regulares e apenas 1,3% ruins, a produtividade média está estimada em 80,33 sacas por hectare e a expectativa de produção é de 11,206 milhões de toneladas.

Esses dados constam no mais recente boletim Casa Rural divulgado por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho). A publicação indica que a colheita está lenta e a expectativa é de que o pico ocorra a partir do dia 4 de agosto, quando grande parte da produção estará em estágio avançado de maturação.

Por enquanto, a região centro está com os trabalhos mais avançados, com média de 8,7% da área colhida, enquanto a região norte tem 4,6% e a região sul 3,1%. Como 54% da produção foi semeada fora da janela ideal, segue o alerta para risco de danos causados por intempéries climáticas, como estiagem, geada e queda de granizo.

Com relação ao mercado, o boletim Casa Rural aponta desvalorização do preço da saca de milho entre 10 e 17 de julho, com valor médio de R$ 39,25 no fim desse período. Já os R$ 39,21 de valor médio representam queda de 42,71% em relação de igual período de 2022, quando a cotação chegava a R$ 68,44.

Quanto à comercialização, é mencionado levantamento da Granos Corretora segundo qual, até 17 de julho, o agronegócio sul-mato-grossense havia comercializado 31,00% do milho 2º safra 2023, volume 5,00% acima do índice apresentado em igual período de 2022.