Mato Grosso do Sul já colheu 1,7 milhão de hectares de milho segunda safra

Agronegócio sul-mato-grossense estima produtividade média de 80,33 sacas por hectare, o que gera expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas

Mato Grosso do Sul colheu 1,7 milhão de toneladas de milho (Foto: Divulgação/Famasul)
Mato Grosso do Sul colheu 1,7 milhão de toneladas de milho (Foto: Divulgação/Famasul)

Mato Grosso do Sul colheu aproximadamente 1,756 milhão de hectares de milho segunda safra até o dia 8 de setembro e com 87,2% das lavouras em boas condições, 10,4% regulares e 2,4% ruins, estima produtividade média de 80,33 sacas por hectare, o que gera expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas.

Todos esses dados foram apurados pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) e constam no mais recente boletim Casa Rural divulgado por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho).

Conforme a publicação, a colheita avançou por aproximadamente 75,6% da área total cultivada neste ciclo produtivo, de 2,325 milhões de hectares. A região norte tem a melhor média, de 94,6%, enquanto a região centro tem 77,7% e a região sul 71,4%.

O Siga-MS apurou ainda que vendavais registrados no mês de agosto resultaram no tombamento do milho, sobretudo na região sul de Mato Grosso do Sul. “Acredita-se que cerca de 15 mil hectares já foram comprometidos”, informa.

“Até o dia 25/08, constatamos que cerca de 3.941 hectares no município de Itaporã foram afetados, juntamente com 1.500 hectares em Caarapó e 650 hectares em Ponta Porã. Em média, cerca de 68% da área de cada propriedade resistiu ao impacto, mas é importante observar que algumas propriedades sofreram danos em sua totalidade. A extensão

do dano pode ser ainda maior do que a inicialmente estimada, Técnicos da Aprosoja/MS estão em campo coletando informações junto aos produtores”, detalha.

O boletim Casa Rural indica ainda que agricultores prejudicados enfrentarão desafios na operação de colheita, porque dependendo da intensidade do vento, o dano pode resultar no tombamento total das plantas.

“Nesse cenário, a plataforma de colheita do milho não opera de maneira eficiente, o que leva à necessidade de processamento ou até mesmo à colheita manual. Diversos produtores têm escolhido fazer ajustes usando molinetes, com o objetivo de erguer as plantas, ou, em algumas situações, optam por substituir a plataforma de milho pela de soja”, explica.

Quanto às cotações do milho, é citada valorização de 1,47% entre os dias 1 e 11 de setembro, com a saca  negociada ao valor médio de R$ 38,94 no fim desse período.

Já o valor médio para o período, de R$ 38,63/sc, representou queda de 45,53% em relação aos R$ 70,92/sc do mesmo período de 2022.

Mesmo nesse cenário, levantamento realizado pela Granos Corretora indica que até 11 de setembro o agronegócio sul-mato-grossense havia comercializado 43,60% do milho 2º safra 2023, que representa 1,60 ponto percentual acima do índice apresentado em igual período de 2022.

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