Gaeco mirou grupo que deu prejuízo de R$ 44 milhões aos cofres de MS

Operação Grãos de Ouro teve mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em municípios sul-mato-grossenses de outros seis estados

  • André Bento
Gaeco cumpriu mandados de prisão em MS e outros seis estados (Foto: Ana Paula Leite/MPE-MS)
Gaeco cumpriu mandados de prisão em MS e outros seis estados (Foto: Ana Paula Leite/MPE-MS)

Deflagrada na quarta-feira (8) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a Operação Grãos de Ouro teve como alvo um esquema criminoso que teria dado prejuízo de R$ 44 milhões aos cofres públicos de Mato Grosso do Sul. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em municípios sul-mato-grossenses de outros seis estados brasileiros.

Esses detalhes foram tornados públicos em coletiva de imprensa concedida na tarde de ontem, em Campo Grande, pelos promotores Cristiane Mourão Leal Santos, coordenadora do Gaeco, e Thalys Franklyn de Souza. Também participaram o Controlador-Geral do Estado, Carlos Eduardo Girão, e o Corregedor-Geral do Estado, José Barcellos.

A operação que envolveu 34 promotores de Justiça e 250 Policiais Militares cumpriu 33 mandados de busca em Campo Grande, 21 em Chapadão do Sul, 11 em Costa Rica, 1 em Coxim, 2 em Itaporã, 3 em Nova Alvorada do Sul, 1 em Fátima do Sul, 1 em Cassilândia, 1 em Rio Negro, 5 em Rio Verde de Goiás, 3 em Mineiros (GO), 5 em Alto Araguaia (MT), 2 em Cuiabá, 2 em Presidente Prudente (SP), 2 em São José do Rio Preto (SP), 1 em Paranapuã (SP), 1 em Jales (SP), 1 em Oroeste (SP), 1 em Cosmorama (SP), 1 em Três Fronteiras (SP), 1 em Álvares Machado (SP), 1 em Uberlândia (MG), 1 em Unaí (MG), 1 em Paranaguá (PR) e 2 em Rodeio Bonito (RS).

Na capital de Mato Grosso do Sul, o Gaeco realizou13 prisões, incluindo servidores públicos. “Já no interior, foram 9 mandados de prisão em Chapadão do Sul, um dos municípios carros-chefes da produção rural no Estado, 2 foram em Costa Rica e 1 em Itaporã; 2 em Cuiabá; 1 em Rio Verde Goiás; 1 em Mineiros (GO); 2 Presidente Prudente (SP) e 2 em Rodeio Bonito (RS)”, detalhou o MPE.

“De acordo com a Coordenadora do GAECO, a investigação do esquema criminoso começou em 2016 quando o MPMS foi provocado pela Secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul que apresentou suposta existência de um esquema de sonegação de tributos estaduais, ICMS, na comercialização de grãos produzidos no Estado de MS”, relatou o órgão.

“O Gaeco estima prejuízo de pelo menos R$ 44 milhões aos cofres de Mato Grosso do Sul com o esquema de fraudes fiscais mantido por produtores rurais, funcionários da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), caminhoneiros, corretoras, e a princípio 14 empresas de fachada que emitiam notas fiscais frias”, acrescentou. (Com informações da assessoria de comunicação do MPE-MS)


Comentários
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  • Sandra

    Sandra

    Nossa!Em Dourados ninguém faz parte desse esquema?Estamos de parabéns!kkkk