Acusada de matar a tia por causa de um dorso de frango vai à júri na sexta-feira

Mulher que vai à julgamento chegou a dizer que brigou com a vítima porque queria trocar frango por cachaça

  • André Bento
Júri Popular será realizado no Fórum de Amambai (Foto: Reprodução)
Júri Popular será realizado no Fórum de Amambai (Foto: Reprodução)

Presa no dia 6 de junho de 2017 acusada pelo assassinato da própria tia, Marilda Benites, de 35 anos, será julgada pelo Tribunal do Júri de Amambai na sexta-feira (7). O crime cometido na véspera da prisão, na Aldeia Indígena Amambaí, vitimou Dineia Vilhalva, de 74 anos, e teria ocorrido durante briga porque a autora queria trocar o dorso de um frango comprado pela vítima por cachaça. 

Por determinação do juiz Pedro Henrique Freitas de Paula, da Vara Criminal daquela Comarca, o júri popular terá início às 8h30. O Procurador-Geral de Justiça do MPE-MS (Ministério Público Estadual), Paulo Cezar dos Passos, designou o promotor Eduardo Fonticielha De Rose, da 7ª Promotoria de Dourados, para atuar na sessão plenária.

Conforme a denúncia oferecida pelo MPE, no dia 03 de junho de 2017, no interior da Aldeia Indígena Amambaí, Marilda Benites teria matado sua tia, Dineia Vilhalva, de 74 anos de idade, mediante golpes com um facão, sendo motivada por uma discussão banal após a ingestão de bebida alcoólica.

No dia seguinte ao crime, quando foi presa, a acusada declarou ter brigado com sua tia, que lhe abrigava na própria residência, porque queria trocar a parte de dorso de frango que a vítima comprou por cachaça. A declaração foi dada à reportagem do Jornal A GazetaNews.

Ao apresentar sua defesa no processo, por intermédio da Defensoria Pública, Marilda pediu para ser absolvida sob o fundamento de ter agido em legítima defesa.

Contudo, o magistrado manteve a denúncia, agendou o júri popular e determinou que a acusada não pode recorrer em liberdade, “posto que persistem os motivos ensejadores da segregação”.

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