Acusado de matar e enterrar namorada no quintal têm prisão preventiva decretada

  • Assessoria/TJ-MS
Juiz em plantão criminal, Aluizio Pereira dos Santos decidiu pela conversão do flagrante do ex-namorado em prisão preventiva (Foto: Divulgação/TJ-MS)
Juiz em plantão criminal, Aluizio Pereira dos Santos decidiu pela conversão do flagrante do ex-namorado em prisão preventiva (Foto: Divulgação/TJ-MS)

Foram apresentadas para apreciação da justiça na manhã de hoje (4) as 42 pessoas presas em flagrante delito ao longo do último final de semana prolongado com feriado. Dentre os mais diversos crimes, destacou-se a prisão de quatro suspeitos pela morte e ocultação do cadáver no bairro Morada Verde.

Após denúncia anônima, feita no primeiro dia de maio, sobre o enterro de uma pessoa nos fundos da casa de uma conhecida usuária de drogas da região, onde inclusive, seria ponto comum de consumo de drogas, a guarnição da Polícia Militar dirigiu-se ao bairro Morada Verde para averiguar a situação. Segundo as informações passadas para os policiais, o homicídio teria sido cometido por um traficante, vizinho donde o corpo fora enterrado.

No local indicado, os agentes prontamente visualizaram um buraco que, embora tampado, apresentava sinais recentes de que a terra havia sido mexida. Além disso, chamou a atenção dos policiais o fato de haver instrumentos para cavar a terra próximos do buraco, bem como o fato da proprietária do imóvel e de um homem abordado junto dela apresentarem nervosismo e se recusarem a auxiliar a polícia a cavar o local.

Os próprios agentes, então, começaram a retirar a terra e logo depararam-se com uma parte do corpo da vítima e com o cabo de uma carriola. Após os bombeiros terem sido acionados e desenterrarem por completo a mulher, foi possível constatar que se tratava da namorada do suspeito indicado na denúncia.

Assim, a polícia deslocou-se até a residência do traficante, mas não o encontrou. Todavia, no imóvel estava outra mulher que afirmou ter sido contratada pelo traficante, pela quantia de R$ 20, para limpar todo o imóvel. Essa mesma mulher, após confrontada com as evidências, confessou que, na limpeza, já havia retirado inúmeras manchas de sangue pelos aposentos da casa. Ela ainda teria contado que o dono da casa teria dito que iria à residência de sua mãe e depois voltaria.

Levados os três suspeitos de envolvimento para a delegacia, os investigadores conseguiram a informação de que o principal suspeito teria enterrado a vítima após agredi-la e matá-la no interior do imóvel. Após, ele teria solicitado ajuda para enterrar o corpo em uma fossa desativada. A proprietária da residência onde o corpo foi deixado teria, inclusive, visto o momento em que eles depositavam a terra no buraco.

Embora foragido, a princípio, o principal suspeito foi preso posteriormente e confessou ter brigado com a vítima. Segundo ele, a motivação seria tê-la encontrado com outro homem na casa. O custodiado, porém, negou que a tenha matado, inclusive afirmando que somente soube de sua morte quando indagado pela polícia.

O juiz em plantão criminal, Aluizio Pereira dos Santos, decidiu pela conversão do flagrante do ex-namorado em prisão preventiva. O juiz ressaltou que, mesmo diante do conflito entre o direito à liberdade do suspeito e o o interesse público, no presente caso deve prevalecer este último, “não podendo olvidar ou minimizar o interesse que a sociedade possui no deslinde das causas postas frente ao Judiciário - as quais a afetam e refletem diretamente no seio social, notadamente o feminicídio (consumado ou tentado), o qual traz as maiores consequências à civilização organizada”. No tocante aos demais envolvidos, o magistrado determinou que respondam ao processo em liberdade.

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