Audiência de custódia: mantida prisão de envolvidos em roubo de caminhão

  • Assessoria/TJ-MS
Foto: Reprodução/TJ-MS
Foto: Reprodução/TJ-MS

Em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (29), o juiz de plantão, Ricardo Gomes Façanha, manteve detidos os envolvidos no roubo com cárcere privado do motorista de caminhão que terminou com troca de tiros com a polícia.

Na última sexta-feira (26), um motorista de caminhão foi contratado por aplicativo de celular para a realização de um frete, ficando combinado que se encontraria com o contratante naquela mesma tarde no bairro Indubrasil, na Capital. Tratava-se, contudo, de uma armadilha de assaltantes para roubar seu veículo e levá-lo até a Bolívia.

Deste modo, no local e hora combinado, o motorista foi rendido por um adolescente portando arma de fogo e seu irmão. Eles o amarraram, vendaram-no, amordaçaram-no e levaram-no até um hotel na região central de Campo Grande, onde seria mantido em cárcere privado até que o caminhão cruzasse a fronteira pela cidade de Corumbá/MS. Já no hotel, os assaltantes teriam sido recebidos pela dona do estabelecimento que, sabedora da ação e instruída por seu marido que está preso no Instituto Penal de Campo Grande por tráfico de drogas, levou-os até um quarto localizado no fundo do hotel.

Enquanto o irmão permanecia no local com a vítima, o menor infrator encontrou-se com outro motorista contratado para transportar o caminhão e, juntos, dirigiram-se até o veículo que ainda estava parado na região de Indubrasil. Todavia, a polícia militar, já avisada pela denúncia anônima de um homem que teria visto o momento em que o motorista fora rendido, surpreendeu-os em flagrante delito, prendendo-os. Informada do local onde estava o proprietário do caminhão, a guarnição da polícia foi até o hotel. Houve troca de tiros e o irmão mais velho foi atingido. Ele foi socorrido, mas não resistiu.

Já na delegacia, o menor contou que teria sido contratado na semana anterior, pela quantia de R$ 10 mil, para realizar o roubo. Quem teria oferecido o serviço seria um homem de alcunha “Colombiano”, mas que não o conheceu pessoalmente, só tendo conversado com ele por aplicativo de celular. Já o motorista preso alegou desconhecer totalmente a origem ilícita do caminhão e que também teria conversado apenas por mensagens com um homem que se dizia representante de uma transportadora. Ele receberia a quantia de R$ 3 mil para levar o caminhão até Corumbá/MS.

Na audiência de custódia realizada hoje, o magistrado plantonista decidiu pela conversão em prisão preventiva da dona do hotel e do motorista. Em relação ao menor, o juiz ratificou a decisão já dada no sábado pela aplicação de medida cautelar de internação provisória.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.