Procon Estadual notifica redes atacadistas a justificarem reajustes de preços

  • Assessoria/ProconMS
Somente ontem foram expedidas  12 notificações (Foto: Divulgação/ProconMS)
Somente ontem foram expedidas 12 notificações (Foto: Divulgação/ProconMS)

A ocorrência de aumentos excessivos  nos preços de gêneros de primeira necessidade levou consumidores a reagir e, por meio de  denúncias, procurar  a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão da  Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, solicitando providências que pudessem barrar a prática que a comunidade vem considerando abusiva.

Como forma de  atender  às demanda recebidas o Procon Estadual, por meio de seu superintendente Marcelo Salomão, expediu notificações às diversas redes atacadistas que operam  em Mato Grosso do Sul (Atacadão, Assai e Fort Atacadista), para que, no prazo de 10 dias após o recebimento do documento, apresentem as devidas explicações e esclarecimentos quanto às razões que tem motivado a elevação dos preços dos mencionados produtos para o consumidor final.

A notificação pontua que  foram aplicados aumentos em percentuais bastante consideráveis, se comparados com algumas semanas atrás, principalmente com relação ao arroz, feijão e óleo de soja. Assim sendo, o órgão estadual de defesa do consumidor determina que sejam apresentados  todos os documentos comprobatórios necessários para a escorreita apuração dos fatos sob análise.

Somente ontem foram expedidas  12 notificações, sete para  a rede  Fort Atacadista, três para o Assai e duas para o Atacadão. Vale ressaltar que, em relação ao Atacadão, uma de suas unidades já havia sido notificada anteriormente. O atendimento às reclamações  se dá levando-se em consideração que pode estar ocorrendo vantagens manifestamente excessivas com a elevação dos preços sem causa  que possa justificar.  A não prestação das informações requeridas na Notificação, configura conduta infracional consumerista, passível de sanção administrativa.

“ O contexto em que vem ocorrendo as elevações de preços é totalmente desfavorável ao cidadão que se encontra com sua economia abalada, notadamente nesta época de pandemia. Muitos perderam  empregos e outros que se mantêm, tiveram seus salários reduzidos”, comenta Marcelo Salomão.

 Organizações que congregam supermercadistas  tentam justificar os preços com o fato de  ter sido ampliada  a exportação devido à valorização das commodities alavancada pelo aumento do  dólar além de afirmarem que os reajustes chegam em cadeia que envolve o produtor, o distribuidor e o comerciante e, no fim da linha está o consumidor que é o principal prejudicado.

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