Projeto de Marçal que pune pichadores repercute na capital com apoio popular

A mídia campo-grandense foi às ruas ouvir moradores, e a opinião manifestada pelos entrevistados indica aprovação à proposta do parlamentar

  • André Bento
Projeto de Marçal que pune pichadores ganha apoio popular ao repercutir na mídia da capital (Foto: Divulgação)
Projeto de Marçal que pune pichadores ganha apoio popular ao repercutir na mídia da capital (Foto: Divulgação)

Aprovado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul durante a semana passada, projeto de lei do deputado estadual Marçal Filho (PSDB) para punir autores de pichações repercutiu na capital do Estado com apoio irrestrito da população. A mídia campo-grandense foi às ruas ouvir moradores, e a opinião manifestada pelos entrevistados indica aprovação à proposta do parlamentar. 

Conforme o texto do Projeto de Lei 28/2019, quem pichar ou depredar patrimônio público estadual terá que reparar o dano causado e ainda indenizar os cofres públicos num valor equivalente ao dobro do prejuízo causado. Marçal Filho teve o cuidado de diferenciar pichação de grafite, caracterizados como vandalismo e arte, respectivamente.

"Embora ambas sejam pinturas feitas com tintas spray ou de latas, na prática, a principal diferença é que a pichação advém da escrita, enquanto o grafite está diretamente relacionado à imagem", ponderou o deputado estadual.

No domingo (5), o site Top Mídia News enviou equipe de reportagem às ruas de Campo Grande para ouvir as pessoas sobre esse projeto, que a princípio também pretendia punir danos ao patrimônio privado, mas teve esse trecho vetado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) porque não compete ao Legislativo estadual disciplinar.

“A população acredita que tal medida é a ideal, considerando o número de vandalismo e depredação, principalmente em patrimônio público”, destaca matéria assinada pela repórter Nathalia Pelzl, que citou a opinião manifestada por campo-grandenses entrevistados.

 “Inclusive além de pagar, a pessoa deveria fazer a limpeza do local, arcar com tudo. Tudo que a gente consegue é no sacrifício. Na escola onde trabalho é assim, destruiu, arruma, pichou limpa”, opinou a professora Danielle Nolasco, de 31 anos.

Já a cambista Luna Martins ponderou que, antes de tudo, é preciso entender a diferença entre pichação e grafite, algo que o deputado Marçal Filho destacou em seu projeto. “Antes de falar em prejuízo, tem que entender a diferença. O grafite também tem que ser permitido. Agora sobre vandalismo, tem que pagar mesmo, o que não pode é a pessoa achar que pode sair destruindo tudo. Destruir algo não vai bonificar em nada quem destrói”, pontuou.

“Não é somente sobe cobrar, pagar o dobro ou não. Quem comete tal atitude deveria além de pagar, prestar serviços comunitários em escolas, fórum, pagar cesta básica. Só assim, talvez o cidadão que cometeu infração se corrija”, afirmou o joalheiro Adolfo de Almeida, de 60 anos.  (Com informações do Top Mídia News)

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