Embrapa realiza estudo sobre qualidade e sustentabilidade do café

Descoberta gerou um produto biotecnológico que combate fungos prejudiciais à produção cafeeira

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Embrapa divulga informações sobre alimentação e manejo sanitário de caprinos e ovinos Para combater doenças e pragas que afetam as lavouras e como parte de trabalho de mais de 20 anos de pesquisa, foi descoberto no setor cafeeiro o fungo Cladosporium cladosporioides, que possui propriedades biofungicidas que combatem outros fungos que deterioram o café, atribuindo à bebida boa qualidade e valorizando o produto.

A pesquisa é desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), e conta com apoio do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

A descoberta gerou um produto biotecnológico cuja patente foi depositada pela Epamig em 2004 e está disponível para firmar parcerias de transferência da tecnologia com empresas tradicionalmente produtoras e vendedoras de defensivos.

A tecnologia se refere a métodos de multiplicação e conservação do Cladosporium cladosporioides para utilização no campo como agente bioprotetor. E, ainda, permite o uso na produção industrial de enzimas, utilizadas em diferentes processos de proteção da qualidade do café.

O estudo foi coordenado por Sara Maria Chalfoun, doutora em Fitotecnia e pesquisadora da Unidade Sul de Minas da Epamig. Segundo a pesquisadora, o fungo foi identificado ao se estudar o papel de microrganismos associados aos frutos e grãos de café em relação à qualidade.

Observou-se que quando um fungo (identificado como Cladosporium cladosporioides Fres. De Vries) encontrava-se associado aos frutos de café ainda na planta, outros fungos comprovadamente prejudiciais à qualidade não se desenvolviam.

As primeiras observações foram efetuadas em 1989 e as pesquisas relacionadas à possibilidade de multiplicação do fungo para aplicação no campo iniciaram-se em 2007, quando o projeto visando ao desenvolvimento de processo de obtenção de produto à base do microrganismo foi selecionado pelo Programa de Incentivo à Inovação da Ufla, do governo de Minas Gerais, por por meio da Secretaria de Estado Ciência e Tecnologia e Ensino Superior.

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