Uso de drogas no mundo permanece estável, aponta estudo das Nações Unidas

A incidência do uso de drogas no mundo permanece estável. É o que aponta o Relatório Mundial sobre Drogas 2014 publicado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Aproximadamente 240 milhões de pessoas, com idade entre 15 e 64 anos, fizeram o uso de drogas ilícitas em 2012.

Durante o lançamento do relatório, na cidade de Viena, o diretor executivo do UNODC, Yury Fedotov, chamou a atenção para a importância de enfoque na saúde e nos direitos humanos dos usuários de drogas. Segundo ele, "ainda existem sérias lacunas na prestação de serviços.

Nos últimos anos, apenas um em cada seis usuários de drogas no mundo teve acesso ou recebeu algum tipo de tratamento para dependência de drogas a cada ano".

O relatório divulgado no final do mês de junho mostra que em 2012, quase 200 mil mortes relacionadas a drogas ocorreram. Dado que sinaliza falha na oferta de serviços aos dependentes químicos em todo o mundo.

Outro ponto de destaque da publicação é o fluxo global de produtos químicos. Com o aumento no rastreamento de precursores, substâncias-base para a produção de drogas, criminosos têm desenvolvido novas técnicas de burlar a fiscalização.

A criação de empresas de fachada e o desvio de precursores dentro dos países para evitar controles internacionais são algumas das estratégias.

Integração

O chefe do UNODC acredita que o sucesso sustentável no controle de drogas requer um firme comprometimento internacional. Uma abordagem apoiada em evidências, focando na prevenção, no tratamento, na reabilitação social e na integração.

No contexto nacional, o Observatório do Crack busca acompanhar a questão do crack e outras drogas junto aos mais de 5 mil Municípios brasileiros.

O projeto da Confederação Nacional de Municípios (CNM) publica todos os anos estudos e materiais técnicos sobre o combate às drogas.