Assistente de executivo é acusado de roubo milionário de garrafas de vinho

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Garrafas do vinho Borgonha Romanee-Conti - Reprodução de internet
Garrafas do vinho Borgonha Romanee-Conti - Reprodução de internet

O assistente pessoal de David Solomon, copresidente do Grupo Goldman Sachs, foi acusado de ter roubado mais de US$ 1,2 milhão do chefe. Os bens roubados não foram obras de arte nem carros de luxo, e sim garrafas de vinhos raros.

O indiciamento, tornado público nesta quarta-feira, aponta que Nicolas De-Meyer trabalhava para um "indivíduo que coleciona vinhos raros e caros", sem dar o nome da pessoa em questão. Este indivíduo seria Solomon, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto.

O roubo incluiu sete garrafas da vinícola francesa Domaine de la Romanée-Conti, que produz alguns dos vinhos "melhores, mais caros e raros do mundo", de acordo com a ação. Os promotores afirmam que De-Meyer roubou centenas de garrafas.

Solomon tem uma adega para armazenar vinhos em sua residência em Manhattan, com capacidade para mil garrafas, segundo a "The Real Deal", revista especializada em setor imobiliário. Ele também ganhou o título de Mr. Gourmet 2010 da Sociedade Baco da América. Procurados pela Bloomberg, Jake Siewert, um porta-voz do Goldman Sachs, não quis comentar, e Solomon não deu resposta.

De-Meyer, no entanto, não teria desviado as garrafas para desfrutar dos rótulos raros comprados pelo chefe. Ele é acusado de usar o codinome Mark Miller para vender as garrafas a um negociante de vinhos no estado da Carolina do Norte.

GARRAFA DE US$ 40 MIL

Entre as tarefas regulares de De-Meyer estava receber as garrafas de vinho enviadas ao apartamento de Solomon, em Manhattan, e transportá-lo para uma adega em East Hampton, Nova York.

O assistente trabalhou com Solomon de 2008 a novembro de 2016. Segundo os promotores, os roubos teriam acontecido de 2014 a outubro de 2016.

Entre os vinhos que De-Meyer é acusado de ter roubado e posteriormente vendido estão sete garrafas de borgonha Romanée-Conti. Segundo os promotores, sete garrafas desse rótulo haviam sido compradas anteriormente por US$ 133.650.

Para se ter uma ideia do valor de cada garrafa, em novembro de 2013, 12 garrafas de vinhos Romanée-Conti foram vendidas por cerca de US$ 40 mil cada uma em um leilão da Christie's International, em Hong Kong. Foi um novo recorde para um conjunto de garrafas de vinho.

(As informações são do O Globo)


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