Acusado de encomendar morte do patrão em Dourados tem liberdade negada
Pedro Jorge alegou à Justiça ter bons antecedentes criminais, emprego lícito e residência fixa para obter benefício que revogaria sua prisão preventiva
Preso no dia 13 de fevereiro apontado como um dos mandantes do atentado contra o empresário José Pereira Barreto, de 38 anos, baleado no centro de Dourados naquela tarde, Pedro Jorge Braga Cancio Junior, de 29 anos, teve negado pela Justiça um pedido de revogação da prisão preventiva. Acusado de ter encomendado o crime, o funcionário da vítima alegou ter bons antecedentes criminais, emprego lícito e residência fixa para obter benefício.
Leia também:
-Juiz impõe fiança de quase R$ 10 mil a empresário flagrado com armas e fortuna
Em despacho proferido na quarta-feira (27), o juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados, indeferiu o pedido de liberdade considerando que o crime supostamente praticado por Pedro Jorge, tentativa de homicídio, “gera sentimento de insegurança e descrédito perante a sociedade local, de sorte que a população cobra dos órgãos competentes respostas enérgicas e céleres, no sentido de se evitar a continuidade dessa espécie delitiva”.
Cinco dias antes, esse mesmo magistrado havia tomado decisão semelhante em relação à Valdirene Fiorentino da Silva, de 35 anos, esposa do empresário baleado e acusada de mandante do crime, que alegou à Justiça ter agido em legítima defesa indireta, por ser vítima de relacionamento abusivo há 17 anos.
Em comum, as decisões judiciais mencionam trecho da acusação que aponta ação conjunta de Valdirene e Pedro Jorge como contratantes dos demais autuados, mediante pagamento de R$ 20 mil pelo assassinato a tiros de José Pereira Barreto.
“Com efeito, extrai-se dos autos que no dia 13.2.2019, na Rua Cuiabá esquina com a Rua Mato Grosso, nesta cidade, a vítima Jose Pereira Barreto, que conduzia um veículo GM S-10, de cor prata, com placas QAH1715 - Dourados (MS), teria sido atingido por diversos disparos de arma de fogo perpetrados por dois indivíduos em uma motocicleta, não vindo à óbito por circunstâncias alheias à vontade dos agentes, eis que a vítima fora socorrida e encaminhada ao nosocômio local, onde ainda se encontra internada. Ademais, após ser atingido, a vítima teria perdido o controle do veículo que conduzia, vindo a bater em outro veículo que transitava pela via”, citou o juiz em suas decisões que negam a revogação das prisões preventivas.
As autoridades policiais revelaram ainda que Pedro Jorge mantinha a foto da vítima toda ensanguentada na tela inicial de seu celular. Conforme já revelado pela 94FM, horas após o crime ele compartilhou o link de uma notícia sobre a tentativa de homicídio contra José Pereira Barreto. “Que Deus tenha misericórdia”, escreveu, incluindo dois emojis (espécie de símbolos) que representam duas mãos juntas no sentido de oração e uma expressão de choro. (clique aqui para ler mais).